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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Todos carentes

      Eu estava olhando uns vídeos sobre comportamento humano e um me pareceu muito interessante : "Acreditamos que as pessoas nos devem alguma coisa." E eu achei interessante porque eu já desconfiava disso. Enxergo isso nas pessoas. Várias com as quais eu convivo demonstram atitudes que me levam a acreditar que os seres humanos são , em geral , carentes. O médico que falava do assunto disse  - ainda - que homens são mais carentes do que mulheres. Também concordo.
     Os homens ( a maioria ) possuem muita dificuldade de expressar seus sentimentos. Na criação machista , dizer o que se sente os torna mais vulneráveis. Assim sendo, pela masculinidade distorcida e imposta aos garotos,essa dificuldade os acompanha por muito tempo na vida. Quando uma pessoa tem dificuldade para demonstrar sentimentos,ela também vai ter dificuldade para receber carinho e afeto. É como se fosse um ciclo: " Eu não demonstro porque não vou arriscar me magoar e também não vou aceitar afeto porque não vou saber corresponder ( voltando ao primeiro ponto ).
      E isso causa muito sofrimento porque todo ser humano precisa de carinho. O toque é essencial para uma boa saúde mental e corporal. É difícil ver o quanto "trancadas" as pessoas podem se tornar. E isso vem desde a infância. É cientificamente provado que as pessoas que recebem carinho materno e paterno durante a infância têm mais facilidade em aceitar e demonstrar carinho na vida adulta.
      Quanto aos homens serem mais carentes que as mulheres,também está comprovado. Em geral,as mulheres doam mais sua atenção e o seu carinho sem esperar receber nada em troca. Talvez aí esteja o segredo. Sendo assim,por doar mais carinho, nós,mulheres, nos sentimos mais completas. Entretanto,também somos vulneráveis à carência. Todos somos.
     Eu quis escrever esse texto porque eu vejo muitas pessoas que agem desse modo e seria bom ter consciência que agimos assim. Quando passamos a observar nosso comportamento,temos mais chances de mudá-lo e sermos mais felizes.

                                                                                                Maria Bastos

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