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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cangote

       Olha aí uma palavra que eu acho bem bonita : cangote. Fui procurar uma música com esse nome - às vezes eu abro o dicionário,pego a primeira palavra que aparece e procuro uma música com ela - e encontrei uma bem legal,da cantora Céu. " Fiz minha casa no teu cangote. Não há no mundo quem me bote pra sair daqui! " . Esse é um trecho da música.
      Um trecho que eu roubei pra mim,pra chamar de meu. Além de gostar da palavra,gosto muito dessa parte do corpo ( vai ver que é por isso que eu gosto da palavra. Mas eu não gosto da palavra pescoço. Não sei ao certo. ) O cangote é a parte que une a cabeça ao resto do corpo. É a parte que liga o coração aos olhos. O coração à boca. A ponte dos sentimentos. O caminho das emoções. É a parte que desarma. É  a parte do aconchego. Uma parte que pede por carinho,por xodó.
     Por que você acha que colocamos mais perfume nessa área? O ser humano é racional mesmo na sua irracionalidade. O cangote dos homens ( da maioria dos homens ) vivem desprotegidos porque não tem o cabelo longo pra cobrir. É como se estivesse lá,sempre receptivo e propositalmente convidativo. Quão espertos são os homens !
      Mas o cabelo longo das mulheres protege essa parte. Talvez também não seja por acaso. Apaixonar-se facilmente já acontece com certa frequência,imagine se o nosso cangote vivesse desprotegido? Hahaha. Talvez um modo de não se apegar tanto. Mas isso não significa muita coisa porque quando você tem de se apaixonar,se apaixona até por um olhar.
      Eu não sei porque danado estou escrevendo sobre "o cangote" . Deveria estar pensando sobre coisas mais importantes. Mas quando eu escrevo,não paro pra pensar. Simplesmente vem,simplesmente sai. Não tem regra,não tem assunto. É como uma conversa casual. Tudo pode surgir. E surge mesmo !
      Ah,e eu não tenho fetiche por cangotes! Eu nem acredito nesse tipo de coisa. O ser humano é completo,não uma parte. Uma parte é uma imagem que se vende que não tem nada a ver com sentimentos. E desses,eu falo! Sentir,sentir,sentir...sentimentalizar, no sentido de viver, e esquecer que o mundo é mundo.
      

                                                                                                    Maria Bastos

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