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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Amor platônico,é?

         
            Enquanto eu espero o show de James Blunt que vai passar na TV,vim escrever um pouco aqui.Eu gosto do James Blunt. Não "amo de paixão",mas acho que algumas músicas dele tem a ver comigo. Já visualizei alguém dizendo : "Nossa,você deve ser muito triste porque pra se identificar com algumas ( no plural,né ! ) músicas de James Blunt...". Não,eu não sou uma pessoa triste. Mas eu realmente tenho algumas experiências não muito felizes,como as quais ele retrata nas músicas.
         Já visualizo novamente: "Então você deve ser masoquista! Para de escutar essas coisas que te fazem lembrar algo muito triste!". Realmente,faz sentido. Mas eu não me lembro da minha experiência triste quando escuto tais músicas. Me lembro das coisas boas que eu aprendi quando estava passando por ela. Sim,porque situações difíceis na vida nos deixam muito aprendizados.
         Acredito que lembrar do que aprendemos é sempre bom,porque sempre esquecemos uma coisa ou outra. Sabe que você até pode se lembrar da felicidade que sentiu ao resolver tal problema? Pode se lembrar também de como é bom não enfatizar o drama,de como é bom ter pessoas boas junto a você e que sempre existe alguém no mundo que você vai conhecer e que vai te fazer muito bem. Eu acredito que sempre tem algo bom pra acontecer! Entretanto,sou bem esquecida. Às vezes isso é tão difícil de lembrar. Parece que o mundo se esqueceu de você.
           Pois é importante lembrar dos momentos difíceis e como você se recuperou dele. Afinal,você está aí pra contar suas histórias. Eu sempre escuto tantas histórias! Se eu não tivesse escolhido o Direito,teria prestado vestibular pra psicologia! Eu gosto de escutar e de entender as pessoas. Gosto de aconselhar sempre que me sinto segura para fazer isso. É emocionante entender como as pessoas pensam e o que elas sentem. Conhecer profundamente seres humanos pode ser uma das melhores experiências da vida. Mas dependendo do ser humano,pode ser muito ruim também ( haha ).
          A maioria das vezes sou procurada pra dar conselhos amorosos - não que eu tenha muita experiência no assunto,de forma alguma - mas eu realmente tenho uma facilidade pra refletir sobre o assunto e apesar de não ter muita experiência,no campo emocional já vivi diversas coisas e me identifico com o sentimento das pessoas.
            Sou uma grande especialista em amores platônicos. Então,se você estiver precisando de ajuda nesse campo,pode me procurar haha. Mas é sério. Já vivi alguns. Não sei se é por uma característica de adicionar muitas qualidades que não existem nas pessoas ou pela minha vergonha em admitir um sentimento. Seja por quaisquer motivos desses,isso sempre acontece comigo. Pra ser sincera,acho bem ruim. Um amor real é bem melhor,mas machuca mais. E quem não tem medo de se machucar? Eu tento vencer isso,mas é bem difícil. E se você vier me perguntar,vou pedir pra você tentar vencer e viver . É melhor. Mas que acontece,acontece.
            Contudo,do mesmo jeito que acontece,passa. Não sei se é uma questão de idade,mas os meus aconteceram quando eu era mais nova. Quando eu preferia admirar do que ser admirada. Quando eu preferia amar do que ser amada. Hoje em dia eu prefiro uma correspondência mútua ( é,vou fazer um pleonasmo porque acredito muito nisso). Não existe nada mais "vivo"do que a atenção correspondida entre um homem e uma mulher! O amor partilhado é bem mais emocionante do que um amor guardado pra uma só pessoa. Relações unilaterais são tão cruéis!
          Assim sendo,é preferível que você se ajude pra que isso aconteça. Simplesmente não procure ninguém com características que admire muito. Se você fizer isso, fud*%. Sério. Você vai se apaixonar e já era. Vai começar a ver defeito em todos os homens da face da terra porque só o que você admira é perfeito. Eu jamais poderia me apaixonar por um músico. Isso é tragédia anunciada.
Digo mais,não procure ninguém.Quando menos esperar,essa pessoa já fará parte da sua vida. Entretanto,não procurar não quer dizer não valorizar. Fique atento e valorize quem está próximo. Só assim você vai poder amar alguém de verdade. Quem muito se apaixona platonicamente,não ama ninguém.
       Mas não precisa ficar noiando,se perguntando se é platônico ou não porque no começo é bem difícil de identificar. Entretanto,com o tempo dá pra perceber. Apenas seja sincero consigo mesmo e siga em frente porque é pra frente que se anda. Não amargure seu coração podendo ter a chance de adoçá-lo. Viva e se conheça. Busque o amor,não busque esteriótipos de felicidade,eles não existem.
      Acho que o show deve estar pra começar...só vou contar uma experiência que pode servir de exemplo,já que muitas garotas dizem que acessam o blog por se identificar com as histórias(se você for menino,sem problemas! Você pode entender melhor como uma mulher pensa e também pode ter passado por isso,afinal ,acontece com todos ).
              Bom,vamos lá! Acho que pode ser uma história extensa,e não se você não quiser saber,pode parar por aqui! Vou começar: Eu sou fã da banda The Strokes. E tenho um chamego bem especial pelo vocalista,Julian Casablancas ( como você pode notar,é algo platônico). Vou ser bem informal porque essa história não vou conseguir colocar na formalidade,é muito minha. Simplesmente admiro o cara pela sua voz,pela sua beleza e pela sua sensualidade.
        No colégio que eu estudava,tinha um menino que era muito,mas muito parecido com ele. Bem,eu achava,né. Achava que se pareciam em tudo! Corpo,rosto,cabelo,sorriso...É,eu me ferrei mesmo. Minha mente fez essa associação e não deu outra. Me apaixonei feio. Acho que na época eu pensava que tudo que eu sentia pelo cara era a coisa mais verdadeira do mundo. Era um sentimento genuíno. Porra,eu passei um tempão sentindo isso e eu nem conhecia o menino! Na verdade,até hoje eu não o conheço. Isso faz parte do meu tipo de amor platônico. Se começar a existir alguma coisa se coloque ele em possibilidades reais,deixa de existir.
         Eu acho que gostei tanto desse garoto! Ou pensei que gostei. Até hoje eu não sei direito. Sei que eu sofria mesmo. Chorava litros e litros de lágrimas. Me sentia impotente. Não sabia como agir,só sabia achar ele a pessoa mais linda do mundo e...chorava! É,eu nem conhecia ele! Como isso pode acontecer? Não sei,só sei que acontece mesmo. Quando ele passava por mim no colégio,era o momento mais feliz do dia. Quando eu via que ele estava lá e estava bem,era o segundo momento mais feliz do dia. E quando eu conseguia escutar a voz dele,era o terceiro momento mais feliz do dia. E quando eu o via sorrir,era o quinto...não,na verdade eu acho que esse era o primeiro.
             Como vocês podem ver,acho que eu realmente me apaixonei,mas hoje isso não faz muito sentido pra mim porque eu me apaixonei por um ideal que eu imaginei. Eu nem sei se ele é assim. Então é preferível que tentemos nos apaixonar por algo mais real porque um amor deve ser espiritual e terreno. O amor também é carnal. E se tivemos que sofrer e sentir saudade,vamos sentir por algo que realmente tivemos! Isso faz a vida valer mais a pena.
           Bom,existem mais detalhes,claro. Mas esses devem ser meio chatos pra vocês. Talvez eu conte em outro post,se assim sentir vontade! Agora vou comer algo e ver se tá passando o show. Se quiserem falar de amor,podem comentar aqui. Vou adorar responder.
        
                                                                                                                    Maria Bastos
        

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